
Diagnóstico Molecular no complexo de doenças respiratórias dos suínos (CDRS)
O diagnóstico molecular de patógenos respiratórios em suínos consolidou-se como importante ferramenta na gestão sanitária, especialmente pela grande diversidade de agentes envolvidos. O Complexo de Doenças Respiratórias Suínas (CDRS) – em inglês Porcine Respiratory Disease Complex (PRDC) – permanece como um dos principais desafios sanitários e econômicos da suinocultura moderna. Sua natureza multifatorial resulta da interação entre agentes infecciosos (virais e bacterianos) e fatores não infecciosos, como ambiente, densidade populacional, manejo, genética e nutrição, acarretando prejuízos significativos à produtividade e ao bem-estar animal.
Entre os principais agentes envolvidos destacam-se o Mycoplasma hyopneumoniae (Mhyo), o vírus da Influenza Suína (SIV) e o Circovírus Suíno tipo 2 (PCV2), reconhecidos como agentes primários. Em complemento, agentes bacterianos como Actinobacillus pleuropneumoniae, Glaesserella parasuis (antigo Haemophilus parasuis) e Pasteurella multocida atuam frequentemente como agentes secundários, contribuindo para a severidade das lesões e a cronicidade das infecções. Um painel molecular voltado ao diagnóstico do CDRS deve, portanto, contemplar esses agentes de maior relevância clínica e epidemiológica, permitindo uma abordagem diagnóstica abrangente e precisa.
Nesse contexto, a PCR consolidou-se como uma ferramenta indispensável para o diagnóstico acurado das doenças respiratórias suínas. O método supera as limitações das técnicas convencionais, como a sorologia, que apenas indica exposição prévia, sem refletir necessariamente infecção ativa. Destacam-se sua alta sensibilidade e especificidade, além da capacidade de quantificação e possibilidade de analisar painéis de análises que possibilitam a detecção de diversos agentes em uma única amostra – como suabe nasal, lavado broncoalveolar ou tecido pulmonar – otimizando tempo e custo. A interpretação integrada dos resultados obtidos por painéis moleculares direciona ações concretas no manejo sanitário.
O diagnóstico preciso viabiliza a terapêutica racional ao identificar os agentes bacterianos predominantes e orientar o uso responsável de antimicrobianos. Fundamenta ainda estratégias vacinais, ao confirmar a circulação de patógenos imunopreveníveis, e reforça práticas de biosseguridade e manejo, com a adoção de medidas específicas de controle e ajustes nas condições ambientais e operacionais. Portanto, gera informações estratégicas que sustentam a melhoria contínua da produtividade, da eficiência sanitária e do bem-estar dos animais.
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