Serviços - Aves Simbios Biotecnologia

Nossos serviços de diagnóstico pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

- clique nos links da 2ª coluna para obter informações mais detalhadas.

- modalidades baseadas na qPCR (PCR em tempo real) podem ser aplicadas para quantificações - Consulte!

- para instruções de coleta, amostragem e envio, clique aqui.

- na coluna da direita, em fundo claro, a alternativa de kit NewGene para executar a rotina em seu laboratório.


RESPIRATÓRIOS

Modalidade

Agente

Amostra

NewGene

ampv

Metapneumovírus aviário AMPV-A e AMPV-B

Traqueia (ou suabe), isolados

AMPVAmp

apg

Avibacterium paragallinarum

APGAmp

ibvq

Bronquite Infecciosa

Isolados, traqueia (ou suabe), tonsilas 

cecais e/ou rins

IBVAmp

ibvbr

cepas BR de IBV (BR-I/BR-II)

BRAmp

ibvGI23

cepas da linhagem GI-23 de IBV

GI23Amp

ibvmass

cepa Massachusetts de IBV

MASSAmp

ibvtip

cepas Massachusetts, BR (BR-I/BR-II) e linhagem GI-23 de IBV

MASSAmp

BRAmp
GI23Amp

iltv

Laringotraqueíte Infecciosa

Isolados ou traqueia (ou suabe)

ILTVAmp

mio

Mycoplasma iowae

Traqueia (ou suabe) ou culturas em meio líquido ou sólido


mm

Mycoplasma meleagridis

MMAmp

mg

Mycoplasma gallisepticum

MGAmp

mgtip

Mycoplasma gallisepticum - tipificação CEPAS F, TS11, 6/85, MG-70, K e de campo


ms

Mycoplasma synoviae

Traqueia (ou suabe) e/ou articulações (ou líquido sinovial)

MSAmp

IMUNOSSUPRESSORES

cav

Anemia Infecciosa

Isolados, fezes e sangue. Fígado, timo, baço, coração, bursa de Fabrícius, medula óssea

CAVAmp

ibdv

Gumboro - detecção com tipificação

Bursa de Fabrícius, isolados


NEOPLÁSICOS

alvj


Leucose Mielóide - Subgrupo J

Sangue total anticoagulado (alternativamente, plasma ou soro), mecônio, albúmen, peças de necropsia


lsv

Leucose/sarcoma - subgrupos exógenos A, B, C, D, J


md3

Marek - sorotipo 3

Baço, folículo de penas

HVTAmp

mdv1tip

Detecção/Tipificação de Sorotipo 1 de MDV


mdv

Marek - sorotipo 1

Peças de necropsia - tumores

MDVAmp

rev

Reticuloendoteliose

REVAmp

ENTÉRICOS

bint

Brachyspira intermedia

Peças de necropsia, fezes, suabes

BINTAmp

bpil

Brachyspira pilosicoli

BPAmp

cper

Clostridium perfringens

Íleo, ceco, descarga cecal

CEPERAmp

OUTROS

aev

vírus da encefalomielite aviária

cérebro, pâncreas e duodeno, fezes,

proventrículo, nervo ciático, fígado, rins,  timo e tonsila cecal


apec

Escherichia coli patogênica para Aves

Culturas em meio líquido ou sólido

APECAmp

castv

Astrovírus Aviário

Fezes ou homogenato intestinal

CASTVAmp

eds

vírus da Síndrome da Queda de Postura

fígado, traqueia, rins, pulmão, ovário e oviduto

EDSAmp

fadv

Adenovírus Aviário

Sistema reprodutor e digestório (fígado, baço, pâncreas, proventrículo, moela), suabe de cloaca e fezes


pm

Pasteurella multocida

vísceras, sangue, meninges ou cultura

PMAmp

reo

Reovírus

Traqueia (ou suabe*), articulações (ou líquido sinovial) ou isolados

REOAmp

salspp

Salmonella spp.

Caldo de enriquecimento seletivo ou culturas em meio líquido (1 a 5 ml), ou sólido

SALAmp

SAL+Amp

saltip

Salmonella - tipificação de Pullorum, Gallinarum, Enteritidis e Typhimurium

SEAmp

STAmp

SETAmp

SGPAmp

sg9r

Salmonella - tipificação de Gallinarum 9R/não-vacinal


sgp

Salmonella - detecção do sorotipo Gallinarum (não distingue os biovares Gallinarum e Pullorum)

SGPAmp

sh

Salmonella - detecção do sorotipo Heidelberg

SHAmp

se

Salmonella - detecção do sorotipo Enteritidis

SEAmp

st

Salmonella - detecção do sorotipo Typhimurium

STAmp

set

Salmonella - detecção e diferenciação dos sorotipos Enteritidis e Typhimurium

SETAmp

seth

Salmonella Enteritidis, Typhimurium e Heidelberg - detecção e diferenciação

SHTAmp

gse

S. Enteritidis e Cepa Vacinal Gallivac Se

Isolado



  • Trabalhar com instrumentos e embalagens estéreis ou novos. 
  • Para coleta em suabes ou FTAs, utilizar as peças anatômicas ou secreções indicadas para cada modalidade.
  • Para todas as modalidades recebemos amostras de cultura líquidas (1 a 5mL) ou sólidas, de vacina (líquida ou liofilizada), de rações e de probióticos.
  • Amostras em formol e parafina são inviáveis para todas as modalidades.
  • Para requisições fora destas especificações, consulte setor técnico da Simbios.
  • A Simbios tem permissão do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO para testes de diagnóstico molecular de amostras internacionais com risco insignificante - membranas FTA e outras amostras inativadas / inócuas - veja mais



  • RESPIRATÓRIOS





    ampv - Metapneumovírus aviário A e B

    O metapneumovírus aviário (AMPV) é um vírus membro da família Paramyxoviridae, subfamília Pneumovirinae, gênero Metapneumovírus. Desde a década de 80, o AMPV tem sido identificado como um dos maiores responsáveis por desordens respiratórias e reprodutivas em várias espécies de aves), estando disseminado em todas as áreas produtoras de aves do mundo, exceto Austrália. O AMPV é o agente etiológico da rinotraqueíte em perus (TRT), também associado à síndrome da cabeça inchada (SHS – Swollen Head Syndrome) nas aves comerciais e silvestres de todas as idades, embora as mais jovens aparentem maior susceptibilidade. A patologia leva a quadros clínico com sintomas que podem ser confundidos com outros agentes respiratórios: em matrizes e poedeiras, a enfermidade leva a um quadro respiratório, com edema facial e submandibular, presença de sinais neurológicos, queda na produção e na qualidade dos ovos; em frangos de corte são observados secreção nasal, depressão e edema subcutâneo). Em geral os quadros clínicos são agravados dramaticamente pela presença de infecções secundárias causadas por E.coli, Pasteurella spp. e Micoplasmas, em que pode haver um aumento significativo e repentino da mortalidade. O período de incubação do AMPV é de 3 a 7 dias. Devido ao vírus ser altamente contagioso a morbidade pode chegar a 100%. A mortalidade, quando não há complicações secundárias, raramente é superior a 2%, aumentando significativamente com a presença de infecções secundárias, da idade e da má condição imunológica do lote. As cepas isoladas de AMPV são agrupados em subtipos A, B, C ou D. A subclassificação é feita pelas diferenças apresentadas na glicoproteína G de cada isolado, considerando variações antigênicas e moleculares (2). No Brasil, os subtipos A e B são relevantes para a avicultura comercial, devido a alta prevalência. O subtipo C é encontrado nos Estados Unidos e na França, e o subtipo D somente foi reportado na França. Como as infecções por pneumovírus aviários são de difícil diagnóstico clínico, o suporte laboratorial é imprescindível. As abordagens incluem a detecção de anticorpos e a do vírus. Os testes sorológicos indiretos, como ELISA, podem não ser satisfatórios pela sua sensibilidade, pela dificuldade na comparação da evolução da epidemia e pela ocorrência de reações cruzadas. As diferenças antigênicas entre os subgrupos podem afetar negativamente a sensibilidade do ELISA, além do que é necessário ao menos 15 dias após a infecção para a soroconversão. Na detecção do vírus, a PCR oferecida pela Simbios Biotecnologia permite rápida identificação, ainda durante os estágios iniciais da infecção, com alta especificidade, sensibilidade e possibilidade de tipificação do AMPV subtipos A e B, permitindo a coleta em aves vivas e mortas.





    apg - Avibacterium paragallinarum 

    O método tradicional para o diagnóstico da coriza infecciosa requer o isolamento da bactéria e, em seguida, uma extensa caracterização bioquímica para confirmar a identidade do isolado. Avibacterium paragallinarum é um organismo fastidioso, de crescimento lento, e é muitas vezes suplantado em cultivo por outros comensais, de crescimento mais rápido. A caracterização bioquímica requer a disponibilidade de meios caros e especializados, próprios para suportar o crescimento de bactérias NAD-dependentes. O uso da PCR representa melhoria significativa, agregando rapidez e especificidade ao diagnóstico da coriza infecciosa.





    IBVq, IBVBR, IBVMASS, IBVGI23 e IBVTIP - Vírus da Bronquite Aviária

    No Brasil, o vírus da bronquite infecciosa (IBV) foi originalmente identificado em 1957 por Osmane Hipólito. Desde então, diferentes sorotipos e variantes têm sido reportados na avicultura industrial do país. Dois estudos recentes demonstraram que a maioria das cepas do IBV com sinais clínicos em diferentes estados do Brasil, em um período de 7 anos (2003 a 2009), foram variantes com alta similaridade no gene S1, sugerindo a prevalência do genótipo denominado pelos autores de Brasil ou BR-I. Estes achados foram confirmados por Fraga et al. em produção industrial de aves entre 2010 e 2011, que ainda encontraram um novo grupo de IBV, denominado BR-II, com diversidade de aminoácidos superior a 10% em S1 em comparação com genótipo BR-I, resultando na classificação de novo genótipo. Quanto à linhagem GI-23 do vírus da bronquite (IBV), sua primeira descrição ocorreu em meados de 2021, no oeste do estado do Paraná, em lotes sintomáticos de produção de aves de corte. Cepas desta linhagem, como a Var2 e a IS/720, circularam por quase 20 anos apenas em países do Oriente Médio, tendo sido identificadas pela primeira vez em Israel, em 1998. Os sinais clínicos foram depressão, diminuição súbita no consumo de ração, diarreia e aumento da mortalidade (até 7%), com exame pós-morte revelando fígados e rins aumentados e congestionados.

    A Simbios Biotecnologia  oferece 5 modalidades para a detecção e caracterização molecular de IBV e seus genótipos Massachusetts e BR, além das recentes cepas da Linhagem GI-23, pela Transcrição Reversa seguida da Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (RTqPCR):

    IBVq - detecção de IBV, com amplificação da região 5´- não traduzida (UTR). A região 5´-UTR é altamente conservada nos genomas dos coronavírus de aves, que resulta na detecção de todas cepas do vírus da bronquite aviária, mas também pode identificar outros coronavírus de aves (peru, codorna, pato, etc.).

    IBVBR - detecção das cepas BR (BR-I e BR-II) de IBV, com amplificação específica do gene S1. 

    IBVGI23 - detecção das cepas da Linhagem GI-23  de IBV, com amplificação específica do gene S1. 

    IBVMASS - detecção de cepas Massachusetts de IBV, com amplificação específica do gene S1. 

    IBVTIP - detecção de cepas Massachusetts, BR (BR-I e BR-II) e da Linhagem GI-23 de IBV, com a utilização combinada dos testes de amplificações específicas dos genes S1.





    iltv - Laringotraqueíte Infecciosa

    Doenças respiratórias são as que mais causam perdas econômicas em avicultura. Com frequência, ocorrem quadros de etiologia complexa e com muitos agentes - que por vezes podem agir de forma sinérgica; o diagnóstico clínico se torna difícil e faz-se imprescindível o suporte laboratorial, onde a PCR se destaca devido à alta especificidade e sensibilidade. A Laringotraqueíte é infecção viral do trato respiratório de galinhas, altamente contagiosa e que pode resultar em severas perdas de produtividade devido à mortalidade ou diminuição na produção de ovos.  É causada pelo vírus ILTV, membro da família Herpesviridae, capaz de permanecer latente por toda vida em aves portadoras e permanecer viável por várias semanas na cama aviária. O ILTV é eliminado pelas secreções oronasais e sua transmissão ocorre por contato direto, aerossóis e fômites, e não foi demonstrada transmissão pelo ovo. A infecção do trato respiratório na ausência de sinais clínicos é a principal característica que favorece a persistência do vírus em uma população, considerando a sua latência. Os sinais clínicos característicos são alterações respiratórias, tais como dispneia, espirros, descarga nasal e conjuntivite, além da diminuição na alimentação e consumo de água. Na forma severa pode haver expectoração de muco com sangue, inchaço evidente dos seios nasais, paranasais (infra-orbitários), dispneia grave e tosse. Tratamentos terapêuticos não são eficazes para a patologia até o momento, fazendo com que medidas profiláticas como vacinação e biossegurança sejam de fundamental importância para o controle e prevenção da doença.

    O diagnóstico laboratorial pode ser realizado por detecção de corpos de inclusão intranucleares, isolamento viral, detecção de antígenos virais no tecido traqueal ou muco respiratório, sorologia e detecção do DNA de ILTV. A detecção do DNA viral pela PCR é mais sensível do que o isolamento do vírus, além de possibilitar a identificação específica em amostras contaminadas com outros vírus.  A Simbios Biotecnologia disponibiliza o diagnóstico por PCR com alta sensibilidade e  especificidade; os espécimes recomendados para diagnóstico são isolados ou traqueias (ou suabe).





    mg, ms, mm, mio - Micoplasmoses 

    - detecção de Mycoplasma gallisepticum, M.synoviae, M. meleagridis e M. iowae 

    As micoplasmoses aviárias são as enfermidades causadas por micoplasmas de diferentes espécies. Entre as principais doenças associadas a estes microrganismos destacam-se: doença respiratória crônica (DCR) das galinhas, sinusite infecciosa dos perus, sinovite infecciosa e aerossaculite das aves. O diagnóstico laboratorial correto dos micoplasmas é dificultado pela presença de outros agentes patogênicos e pelas características de cultivo. Os testes sorológicos SARP, HI e ELISA fornecem resultados que devem ser analisados separadamente pois cada um possui características próprias, conforme a imunoglobulina detectada e o antígeno utilizado. A SARP pode apresentar reações cruzadas entre micoplasmas de diferentes espécies, além de reações inespecíficas devido a fatores como congelamento e descongelamento do soro, contaminação e composição do adjuvante de vacinas. O teste de HI é específico mas muitas vezes não detecta anticorpos para cepas diferentes daquela utilizada como antígeno no ensaio. A técnica de PCR é ferramenta efetiva para detecção específica de M. gallisepticum (MG), M. synoviae (MS), M. meleagridis (MM) e M. iowae (MI), tanto em cultura quanto diretamente de amostras clínicas (traqueias, "swabs" traqueais, articulações). Adicionalmente, técnica de PCR para detecção genérica de Mycoplasma é recomendada para exclusão da presença de outros micoplasmas em cultura ou amostras clínicas, em casos negativos para MG, MS, MM e MI.





    mgtip - tipificação de cepas F, TS-11, 6/85, K, MG70 e "campo"

    Mycoplasma gallisepticum (MG) é agente etiológico da doença respiratória crônica em frangos e perus, que ocorre especialmente em casos de estresse, muitas vezes complicado com a ocorrência de outros patógenos respiratórios. A Micoplasmose aviária pode afetar lotes de matrizes causando perdas de eficiência no ganho de peso, na produção de ovos, aumento da mortalidade e condenação de carcaças. As vacinas vivas comerciais para o controle de MG, baseadas nas cepas F, TS-11, 6/85, K e MG-70, produzem respostas humorais diferentes e variáveis conforme características fisiológicas das aves, tempo de exposição e rotas de inoculação. A eficiência dos programas de vacinação está relacionada com a capacidade da cepa vacinal de colonizar as traqueias dos lotes vacinados. Por outro lado, doses excessivas associadas a cepas vacinais mais virulentas podem ocasionar um quadro sintomático de doença respiratória devido à cepa vacinal utilizada (principalmente cepa F). O aparecimento de cepas de desafio de MG com baixa virulência, o uso de medicamentos antimicrobianos, presença de reações cruzadas e o uso de vacinas são alguns limitantes para testes sorológicos (p.ex. ELISA) no monitoramento da doença. O isolamento de MG, por outro lado, pode ser bastante difícil em razão de co-infecção com espécies saprofíticas de Mycoplasma, que podem crescer em meios de enriquecimento. Com a técnica de tipificação de M. gallisepticum  é possível determinar se a infecção respiratória é causada por cepas de campo e monitorar a eficiência de programas de vacinação com cepas vivas.



    IMUNOSSUPRESSORES





    cav - Anemia Infecciosa

    Descrita primeiramente em 1979, no Japão, a Anemia Infecciosa das Galinhas (CAV, do inglês “chicken anemia virus”) acomete aves jovens. O agente causador é um circovírus presente mundialmente em regiões produtoras, de transmissão vertical e horizontal, muito resistente à inativação química e ao calor, o que lhe confere a capacidade de persistir e disseminar-se no ambiente. Os sintomas clássicos da CAV são caracterizados por anemia, aplasia de medula óssea, imunossupressão, mortalidade variável, órgãos linfoides com atrofia generalizada e retardo no crescimento. Lotes de aves com 2 a 5 semanas são mais vulneráveis a surtos da doença clínica, muito provavelmente devido ao término da proteção por anticorpos maternos em casos de transmissão vertical, afetando a produção, especialmente em frangos de corte. Caso a infecção ocorra após esse período, os animais geralmente não apresentam sintomatologia clínica da doença. A severidade da CAV pode ser variável, relacionada a diferentes fatores, como título viral, idade das aves, imunidade, fatores do ambiente e via de infecção. Não existe tratamento específico, ainda que uso de antibióticos possa ser eficiente no controle de infecções secundárias.  Quanto à imunossupressão deve-se levar em consideração algumas condições tais como: (i) efeito da associação de CAV a outro agente, como por exemplo, reovírus, Gumboro, clostridioses, salmoneloses, entre outros; (ii) pré-existência de imunodeficiência causada por outros agentes, como Marek, reovírus e Gumboro, o que eleva a viremia do CAV e potencializa a imunossupressão. Nestes casos é importante determinar com precisão o agente primário e (iii) perda da eficiência de vacinas pela imunossupressão gerada pelo CAV. O diagnóstico clássico é realizado através do isolamento do vírus, mas testes sorológicos (vírus-neutralização, imunofluorescência e ELISA) têm sido largamente utilizados na rotina laboratorial, apesar da longa duração da imunidade e evidências de alta soro prevalência de CAV em plantéis de aves comerciais. A PCR permite a detecção direta do vírus, mostrando-se mais sensível e específica do que o isolamento, podendo ser utilizada na identificação do CAV, tanto em frangos/galinhas como em vacinas.





    ibdv - Gumboro

    A doença infecciosa de bursa (doença de Gumboro) é causada pelo IBDV. Caracteriza-se, em sua forma clínica, por ser aguda e altamente contagiosa, com efeito severo de imunossupressão causando grandes perdas econômicas para os produtores avícolas. Na forma subclínica, resulta em suscetibilidade aumentada a várias infecções por imunodepressão com atrofia moderada da bursa. O controle da IBDV é baseado na utilização de vacinas vivas ou inativadas. O diagnóstico clássico é realizado através do isolamento do vírus, mas testes sorológicos (vírus-neutralização, imunofluorescência e ELISA) têm sido amplamente utilizados na rotina laboratorial. A PCR permite a detecção direta do vírus, mostrando-se mais sensível e específica do que o isolamento. A tipificação das cepas de IBDVs representa importante indicativo na escolha adequada da cepa vacinal e na monitorização da eficiência de programas de vacinação. Pode ser realizada através de vírus-neutralização ou por técnicas moleculares como a RT-PCR/RFLP. A Simbios Biotecnologia aplica metodologia que consiste na amplificação de região do gene VP2 com posterior caracterização do polimorfismo. Até o momento, foram gerados 16 grupos distintos (de diferentes padrões de polimorfismo) baseados em sequências descritas na literatura, bancos de genes, análises de vacinas comerciais e de amostras provenientes de estudos de campo no nosso País, que nos permitem classificar os subtipos pertencentes ao sorotipo 1.


    Classificação 


    GRUPO MOLECULAR

    Genogrupo¹

    Vacinas - Nome  Comercial

    Fabricante

    Cepa

    2

    2

    VECTORMUNE HVT IBD,
    VECTORMUNE HVT IBD + RISPENS

    Ceva

    Variante E

    3

    1

    GUMBOR-VET W2512

    Biovet

    Winterfield 2512

    IBD BLEN, BDA BLEN

    Boehringer

    CEVAC IBD L, CEVAC TRANSMUNE IBD

    Ceva

    GUMBOHATCH

    Hipra

    1052²

    GUMBOR-VET G603

    Biovet

    Moulthrop G603

    HIPRAGUMBORO GM97

    Hipra

    GM972

    NOBILIS  GUMBORO 228E

    MSD

    228E³

    7

    POULVAC MAGNIPLEX, POULVAC BURSA F

    Zoetis

    V877

    4

    1

    GUMBOR-VET, MARK-GUMBOR

    Biovet

    GBV-8

    BUR 706 - R,  CRYOCELL 706

    Boehringer

    S706

    CEVAC GUMBO L

    Ceva

    LIBDV

    HIPRAGUMBORO CH/80 

    Hipra

    CH/80

    NOBILIS  GUMBORO D78, NOBILIS REO+IB+G+ND

    MSD

    D78

    9

    1

    VAXXITEK HVT + IBD, VAXXITEK HVT+IBD+ND

    Boehringer

    HVT

    INNOVAX ND-IBD

    MSD

    11

    3

    QUADRACTIN, TABIC MB

    Phibro

    MB

    2 e 4

    2

    NEW-BRONK-GUMBOR-REO,
    NEW-BRONK-GUMBOR-REO-SHS,
    NEW-BRONK-GUMBOR OLEOSA

    Biovet

    variante 1084-E,
    GBV-8

    5 e ND

    1

    POULVAC, MATERNAVAC IBD-REO

    Zoetis

    Lukert, 28-1

    ND

    ND

    CEVAC MAXIMUNE PRO

    Ceva

    GP82

    1

    BIGOPEST, GALLIMUNE 4

    Boehringer

    VNJO

    Cepas de Campo Brasileiras - "de Desafio"

    11

    3

    Cepas de expressão clínica, referidas na bibliografia como vvIBDV.

    15 e 16

    4

    Cepas de expressão subclínica, de padrões bem distintos dos vacinais, altamente disseminadas em nosso país.

    Vacinas inativadas são identificadas em sublinhado. 

    GM - Grupo Molecular, ND - Não definido, NI - Não informado pelo fabricante

    ¹ Equivalência de Grupos Moleculares com Genogrupos propostos por Michel & Jackwood (2017) pela análise filogenética de hvVP2 (região hipervariável de VP2).

    ² As cepas Winterfield 2512 das vacinas Biovet, Boehringer e Ceva e 1052 da Hipra não são distinguíveis pela metodologia e, para estas, os resultados são reportados como W2512 / 1052 (a partir de 6/8/23).

    ³ As cepas GM97 (Hipra) e 228E (MSD) não são distinguíveis pela metodologia e, para estas , os resultados são reportados como GM97 / 228E (a partir de 7/12/20).





    NEOPLÁSICOS





    alvj - Leucose Mielóide

    O vírus da leucose aviária – subgrupo J (ALV-J) é retrovírus relacionado com leucemia mieloide. O diagnóstico clássico da infecção do ALV-J envolve a caracterização patológica dos tumores com posterior identificação, através de isolamento viral e ensaios de vírus-neutralização. Esta identificação é complexa e laboriosa devido (1) ao complexo genoma do ALV-J com regiões semelhantes aos outros subgrupos exógenos, (2) às variações genéticas e antigênicas existentes entre os vários isolados de ALV-J e (3) à similaridade do ALV-J com vírus endógenos (EV), não causadores de neoplasias e virtualmente presentes em todas as linhagens conhecidas. As técnicas de biologia molecular, RT-PCR e PCR, são ferramentas efetivas para a detecção específica do ALV-J na forma infectiva (virion/RNA) ou na forma integrada (pró-vírus/DNA), respectivamente.





    lsv - Leucose/sarcoma - subgrupos exógenos A, B, C, D, J

    As doenças do grupo das leucoses e sarcomas compreendem uma série de neoplasias aviárias causadas por retrovírus do tipo C: leucemia linfoide, mieloide, eritroblastose, mieloblastose, sarcomas etc. As perdas econômicas ocorrem pelo aumento na mortalidade (1 a 2% podendo chegar a 20%) e por infecções subclínicas que causam um efeito depressivo na performance dos lotes. Os vírus leucose/ sarcoma em galinhas são divididos em 6 grupos (A, B, C, D, E e J). Os subgrupos A, B e J são os vírus exógenos mais comuns encontrados no campo; C e D os mais raros. O subgrupo E inclui os vírus endógenos não causadores de neoplasias e alguns vírus exógenos de baixa patogenicidade. A PCR para detecção de LSV é técnica prática para detecção do grupo das leucose/sarcoma exógenos, não sofrendo reatividade cruzada com vírus endógenos. Possibilita, ainda, a diferenciação de leucemias linfoides causadas pelo vírus da reticuloendoteliose aviária (REV) e do vírus da doença de Marek (MDV).





    mdv - Marek Sorotipo 1


    A doença de Marek é uma neoplasia linfo-proliferativa caracterizada por infiltração mononuclear do sistema nervoso periférico, gônadas, íris, vísceras, músculos e pele. A doença é causada por um herpesvírus (MDV) e é altamente transmissível. O controle do vírus é realizado através de vacinação com cepas atenuadas. O diagnóstico clínico é efetivado pela análise patológica dos tumores. A PCR pode ser utilizada para detecção de tumores causados por MDV e diferenciação dos causados por ALV/LSV ou REV.





    md3 - Marek Vacinal HVT - Sorotipo 3

    Em condições de campo, a maioria dos frangos é infectada com o vírus da Doença de Marek (MDV) durante as primeiras semanas de vida e mantem-se assim sem desenvolver a doença. O sorotipo 1 inclui as cepas virulentas e algumas vacinas vivas atenuadas. O sorotipo 2 inclui cepas naturalmente avirulentas, algumas das quais utilizadas como vacinas. O sorotipo 3, representado pelo herpesvírus relacionado aos perus (HVT), é uma das vacinas amplamente utilizadas. A doença de Marek pode ser evitada através da vacinação in ovo ou de frangos de 1 dia de idade. Variantes atenuadas do sorotipo 1 de MDV são as mais utilizadas. Alternativamente, podem ser também combinadas duas cepas, em vacinas bivalentes (com HVT - sorotipo 3). Vacinas dos sorotipos 1 e 2 estão disponíveis apenas na forma associada às células. Vacinas bivalentes consistindo dos sorotipos 1 e 3, ou vacinas trivalentes consistindo dos serotipos 1, 2 e 3 também são utilizados. As vacinas bivalentes e trivalentes foram introduzidas para combater as cepas muito virulentas de MDV, que não são bem controladas pelas vacinas monovalentes habituais. Vacinação reduz patologia clínica, mas não a infecção persistente pelo MDV. Os vírus da vacina também são transportados ao longo da vida da ave e, sendo continuamente eliminados, o que resulta na presença ubíqua de MDV.





    mdv1tip - Diferenciação de Marek Sorotipo 1

    Na década de 70, a introdução da vacinação de Marek representou importante redução na incidência da doença em aves comerciais, tornando-se medida de controle indispensável para evitar perdas econômicas.  Vacinas preparadas a partir da cepa atenuada MDV-1 CVI988 (também conhecida como Rispens, que possui 98% de homologia genética com a cepa virulenta) oferecem ótima proteção - sozinha ou em combinação com outras vacinas -, realizando infecção vacinal persistente por toda a vida da ave e gerando proteção contra tumores e mortalidade. Toda vacinação, porém, apresenta pontos críticos que podem levar à falha: manuseio e administração incorreta da vacina, fatores imunológicos, baixo tempo entre vacinação e desafio, etc. A avaliação da vacinação é importante pois, desde o início de sua existência, os frangos estão expostos ao vírus de campo latente no ambiente, ou seja, são precocemente desafiados. Geralmente, observa-se infecção simultânea de aves com o vírus vacinal (cepa Rispens) e o vírus de campo (em baixa carga, compatível com níveis de latência). A modalidade mdv1tip permite a diferenciação entre a cepa vacinal (CVI988/Rispens) e as de campo (patológicas), representando ferramenta valiosa no manejo sanitário da doença, para evidenciar falhas vacinais e garantir correções na vacinação diante das suspeitas clínicas da doença.





    rev - Reticuloendoteliose

    O vírus da reticuloendoteliose (REV) é retrovírus que pode induzir linfomas das células B. O REV apresenta grande gama de hospedeiros, sendo que a maior parte das aves domésticas são susceptíveis. A ocorrência natural de tumores em reprodutoras é rara, com exceção de infecções causadas por vacinas contaminadas, ou em regiões onde o vírus é endêmico. A PCR permite a diferenciação de tumores causados por este vírus dos relacionados à MDV ou ALVs.



    ENTÉRICOS





    bpil - Brachyspira pilosicoli
    bint - Brachyspira intermedia

    Espiroquetas foram descritas em perdizes em 1910 e em frangos clinicamente normais e doentes nos EUA em 1930. Em meados da década de 1950, grandes nódulos caseosos foram vistos nas paredes cecais de perus, galinhas e faisões nos EUA. Interesse foi renovado na década de 1970, quando se verificou que uma espiroqueta específica (Treponema hyodysenteriae) como causa da disenteria suína. Em meados da década de 1980, infecções por espiroquetas intestinais foram encontrados com bastante regularidade em galinhas poedeiras. Espiroquetose intestinal aviária envolve a colonização do ceco/reto com Brachyspira e é encontrada em aves de postura, frangos, perus e aves de caça e em algumas espécies de aves selvagens. Colonização subclínica com espécies apatogênicas ou patogénicas são também comuns em aves aquáticas selvagens. O quadro clínico encontrado depende das espécies de aves envolvidas, a patogenicidade do Brachyspira, a extensão da colonização e uma variedade de fatores predisponentes. Os sinais clínicos da espiroquetose intestinal de aves não são específicos e um diagnóstico preciso depende da identificação de Brachyspira spp. no ceco/reto. Infecção de Bpilosicoli B. intermedia são frequentemente de curta duração nas fezes de galinhas e não parecem persistir no ambiente. Assim, a limpeza, desinfecção e vazio sanitário podem quebrar o ciclo da infecção.





    cper - Clostridium perfringens

    O banimento do uso de antibióticos promotores de crescimento da alimentação animal na União Europeia, devido à preocupação com a disseminação da resistência antimicrobiana, tem resultado na maior prevalência de doenças economicamente importantes, como a Enterite Necrótica (Van Immerseel et al., 2009). A enterite necrótica geralmente ocorre em frangos de corte em cerca de 4 semanas após a eclosão e é encontrada em todas as áreas de produção avícola do mundo (Dahiya et al., 2006). Pode apresentar-se como doença clínica aguda, caracterizada por súbito aumento na mortalidade do rebanho, muitas vezes sem sinais prévios, embora a cama excessivamente úmida seja um indicador precoce da doença. As taxas de mortalidade podem às vezes subir até 50% (Riddell & Kong, 1992). Nos últimos anos, a forma subclínica tornou-se mais prevalente, com dano crônico da mucosa intestinal levando a perdas de produção devido à má digestão e absorção, ganho de peso reduzido e comprometimento na taxa de conversão alimentar (Kaldhusdal et al., 2001). O intestino de aves que sofrem de enterite necrótica contém grande número de C. perfringens - entre 106 a 108 unidades formadoras de colônias/g do conteúdo intestinal, enquanto que, em frangos saudáveis, encontram-se até 105 unidades formadoras de colônias/g de conteúdo intestinal (Craven, 2000; Si et al., 2007).  C. perfringens pode ser quantificado em conteúdos intestinais de frango por metodologias padrão de contagem de placas, o que é trabalhoso e demorado, já que as colônias positivas presuntivas têm de ser confirmadas com testes bioquímicos adicionais, ou pela  PCR em Tempo Real, que oferece alta sensibilidade e especificidade, além de precisão em quantificações em faixa muito ampla (Wise & Siragusa, 2005), principalmente para aves criadas livres de drogas, mais vulneráveis a doenças de desequilíbrio bacteriano, já que a comunidade microbiana no íleo é mais diversa.

     


    OUTROS





    apec - Escherichia coli  Patogênica para Aves

    A colibacilose em aves é doença relacionada à infecção de Escherichia coli  Patogênica (Avian Pathogenic Escherichia coli - APEC). Pode manifestar-se em quadros como pneumonia, peritonite, colisepticemia, celulite, pleuropneumonia, perihepatite, pericardite, osteomielite/sinovite, onfalite, salpingite, coligranuloma, síndrome da cabeça inchada, doença crônica respiratória etc. O diagnóstico tradicional da doença é baseado no isolamento e identificação da bactéria a partir das lesões típicas. Nestes casos, cuidado especial deve ser dado à diferenciação do patotipo APEC das cepas presentes na flora intestinal normal das aves (Avian Fecal Escherichia coli - AFEC). É bem reconhecida a relação da presença de fatores de virulência com o patotipo APEC. Rodrigues-Siek et al. (2005) realizaram estudo de correlação pela técnica de multiplex PCR analisando 38 genes relacionados com virulência em 451 isolados de APECs e 104 AFECs. Muitos destes genes foram encontrados nos 2 grupos, porém, 9 destes (cvaC, iroN, iss, iutA, sitA, tsh, fyuA, irp2 e ompT) foram detectados na maior parte dos isolados APECs, em contrapartida à baixa frequência nas AFECs. Em estudo posterior e mais amplo pelo mesmo grupo, Johnson e colaboradores (2008) realizaram painel com 46 genes de virulência em 794 isolados de APECs e 200 AFECs com objetivo de identificar um número mínimo de fatores de virulência com capacidade de predizer o patotipo APEC de forma rápida e econômica. Como resultado deste trabalho, foi proposto o diagnóstico baseado em 5 fatores de virulência significativamente relacionados com o patotipo APEC (iroN, iss, iutA, ompT e hlyF). A metodologia oferecida pela Simbios Biotecnologia permite a caracterização molecular com base na identificação de fatores de virulência preditores de APEC, provendo informações importantes na prevenção e controle da colibacelose aviária.





    castv - Astrovírus Aviário

    CAstV é patógeno entérico transmitido horizontalmente, por rota fecal-oral, ou verticalmente, provocando disseminação do vírus em altos níveis. É associado à má absorção em frangos de corte, resultando em problemas de crescimento, raquitismo, atraso no desenvolvimento, aparência geral de ave mais jovem (penugem e penas imaturas) e crista e bico pequenos. Outros sintomas comuns incluem enterite e diarreia, fraqueza nas pernas e empenamento irregular, com pintinhos se amontoando para se aquecer. O descarte de aves pode ser extenso, causando grande perda econômica. CAstV é mais resistente à desinfecção e limpeza do que outros vírus, pois não possui envelope, persistindo em instalações avícolas onde besouros atuam como vetores. As infecções por CAstV geralmente ocorrem nos primeiros dias ou semanas de vida e, quanto mais cedo, especialmente por via vertical, piores os resultados, embora isto dependa da cepa envolvida, pois, como é típico de vírus com genomas de RNA, há ampla variação na patogenicidade. Além disso, a carga viral no momento da infecção e a presença de anticorpos maternos contra o CAstV afetarão o desenvolvimento da doença. Outros fatores importantes incluem a presença de outros patógenos entéricos, como os reovírus e adenovírus aviários, para citar alguns ubíquos frequentemente encontrados em coinfecções. A PCR pode ser empregada para detectar CAstV, trazendo acurácia associada à precocidade, e permitindo a aplicação como teste quantitativos (qPCR) e de caracterização genômica, tornando-se ótima ferramenta para o controle epidemiológico e no suporte ao desenvolvimento de vacinas.





    eds - Vírus da Síndrome da Queda de Postura

    A Síndrome da Queda de Postura (EDS - Egg Dropping syndrome) é doença de origem viral associada à queda na produção e na qualidade de ovos, acarretando consideráveis impactos econômicos. Em patos e gansos, a infecção do vírus é assintomática e ocorre naturalmente. A susceptibilidade de frangos à infecção pelo vírus causador de EDS é independente da idade; a forma mais comum se dá por transmissão vertical - através do ovo, enquanto que a transmissão horizontal se dá através das fezes e materiais contaminados. Após infecção oral em frangos, o vírus se replica nas vias aéreas e mucosas; depois se espalha para o tecido linfóide, seguindo para o oviduto. A infecção viral das glândulas no útero é o que leva à disfunção na geração da casca do ovo. O agente causador, adenovírus A de patos (Duck adenovirus A, DAdV-A), pertence ao gênero Atadenovirus, da família Adenoviridae. A infecção foi descrita pela primeira vez em 1976, na Holanda, em poedeiras que apresentaram queda na produção de ovos. Não existe tratamento eficaz para a doença e a melhor prevenção é a vacinação. A PCR é método importante para o diagnóstico de EDS, que também pode ser feito por isolamento e sorologia. A Simbios Biotecnologia dispõe de PCR em Tempo Real (qPCR) para o diagnóstico de EDS através da detecção do vírus DAdV-A a partir de tecidos (órgãos do trato reprodutivo, rins, entre outros), suabes e fezes





    fadv - Adenovírus Aviário

    De modo geral, as infecções por Aviadenovirus como agente etiológico primário têm pouca expressão clínica, que pode depender de fatores associados, especialmente imunossupressores, como o vírus da anemia das galinhas (CAV), vírus da doença infecciosa bursal (IBDV) e vírus da doença de Marek (MDV), entre outros. Os Aviadenovirus de galinhas (FAdV) têm importância econômica, reduzindo a produtividade e agravando a patogenia de outros agentes, infecciosos ou não, e estão altamente disseminados em nível mundial. Destacam-se dentre as doenças causadas  pelos FAdVs, a hepatite por corpúsculo de inclusão, a síndrome da hepatite hidropericárdio, a pancreatite necrótica, a erosão de moela e proventriculite. A transmissão do FAdV se dá de maneira vertical por via transovariana ou pelo sêmen do macho infectado e, de maneira horizontal, por ingestão ou inalação de partículas virais. As infecções por Aviadenovirus são comuns em aves comerciais e são características dos sistemas de criação intensificada, principalmente em baixa biosseguridade (múltiplas idades e procedências), que favorecem sua disseminação. Os FAdVs também podem estar relacionados a imunodeficiência ou falhas na vacinação. Além da avicultura industrial, recentemente um crescente número de casos também tem sido descrito em aves silvestres. Os Aviadenovírus de Galinhas (FAdV) são classificados em 5 espécies (FAdV-A, FAdV-B, FAdV-C, FAdV-D e FAdV-E), com vários genótipos e em 12 sorotipos (FAdV 1 - 8a e 8b - 11), com relevância na epidemiologia do vírus. A Simbios Biotecnologia disponibiliza a técnica de detecção do vírus FAdV por PCR a partir de amostras de fígado, fezes, suabe de cloaca e gônadas,  podendo também ser realizada em outros órgãos em caso de lesões suspeitas,  como moela, pâncreas e proventrículo. A Simbios dispõe também de serviço de sequenciamento genético para caracterização específica da espécie e sorotipo/genótipo.







    pm - Pasteurella multocida 

    Identificada e descrita por Louis Pasteur em 1881, a bactéria Pasteurella multocida é agente causal da cólera aviária, doença contagiosa que afeta aves domésticas e selvagens, em geral em surtos septicêmicos agudos com alta morbidades e mortalidade, que normalmente acomete aves adultas (10 a 12 semanas). A forma crônica acontece com menor frequência. De transmissão horizontal, a cólera aviária se espalha rapidamente (especialmente por ser doença respiratória em ambientes de alta densidade populacional) limitando as medidas de controle. A Pasteurella multocida é considerada microorganismo oportunista, que faz parte da microbiota residente do trato respiratório superior de aves saudáveis, não causando qualquer problema em animais imunocompetentes. A cólera aviária se manifesta em situações de desequilíbrio: estresse por restrição alimentar, morbidade causada por outros agentes patológicos (imunossupressores, por exemplo), infestação parasitária, transferência de instalação ou alterações bruscas na formulação da ração, e também por fatores intrínsecos da bactéria que conferem diferentes graus de virulência.  Na manifestação da cólera aviária verifica-se colonização no trato respiratório inferior, a partir da qual o sistema vascular é atingido, levando-se a uma evolução septicêmica. Contudo, deve-se considerar também o trato gastrointestinal como porta de entrada alternativa. O diagnóstico presuntivo da cólera aviária pode ser realizado através de observações clínicas, achados de necropsia ou isolamento bacteriano. A detecção de Pasteurella multocida pela PCR pode ser utilizada para confirmar o diagnóstico de cólera  aviária, com amostras coletadas a partir de lesões de vísceras, sangue, coração, meninges ou cultura microbiológica.





    reo - Reovírus

    O diagnóstico presuntivo de artrite viral pode ser feito com base em sinais e lesões que, entretanto, não são patognomônicos, podendo se assemelhar às causadas por Mycoplasma synoviae, estafilococos ou outras bactérias. O envolvimento principalmente dos tendões extensores e flexores digitais do metatarso, e da infiltração de heterófilos no coração, ajudam a diferenciar a infecção por reovírus de doenças semelhantes causadas por esses outros agentes. A demonstração do vírus em material clínico é, no entanto, essencial para confirmar a causa, seja pelo isolamento, ou por métodos moleculares - em especial a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) - utilizada por ser rápida, sensível e específica. A RtqPCR - PCR em Tempo Real Precedida da Transcrição Reversa - desenvolvida pela SIMBIOS BIOTECNOLOGIA, agrega ainda importantes características: robustez, reprodutibilidade e repetibilidade. A doença associada a reovírus mais bem definida e mais prontamente diagnosticada em frangos é a artrite viral, por vezes referida como tenossinovite. A doença foi reconhecida em praticamente todas as principais áreas produtoras de aves no mundo, principalmente como uma doença em aves pesadas (carne), mas também nas leves. Apesar de serem considerados ubíquos em aves comerciais e, na maior parte dos casos, parecerem inofensivos (frequentemente encontrados em galinhas clinicamente normais), os reovírus aviários foram isolados de tecidos e órgãos em frangos afetados por condições de doença variadas, incluindo artrite/tenossinovite virais, doença entérica, imunossupressão e síndrome de má absorção. A doença que ocorre após a infecção por reovírus é muito dependente da idade do hospedeiro, do estado imunológico, do patotipo do vírus e da via de exposição. As interações com outros agentes infecciosos podem resultar em diferenças, tanto na natureza, como na gravidade da expressão da doença. Em aves de corte jovens, as perdas econômicas relacionadas a infecções por reovírus são associadas ao aumento da mortalidade, artrite viral/tenossinovite e pelo comprometimento geral de desempenho no ganho de peso e conversão alimentar, com crescimento desigual e perdas na comercialização de aves afetadas pela desclassificação no abate. Os lotes reprodutores que desenvolvem artrite viral, imediatamente antes do início ou durante a produção, podem apresentar, além da claudicação, aumento da mortalidade, diminuição da produção de ovos, incubabilidade/fertilidade subótima e transmissão vertical do vírus à progênie.





    salspp e saltip - Salmonella 

    A prevenção e controle dos sorotipos de Salmonella que representam risco para a segurança, produtividade e rentabilidade da agroindústria avícola, bem como ameaça para a saúde pública pela contaminação de alimentos, depende de um efetivo instrumento de detecção e caracterização destes microorganismos. As metodologias tradicionais para detecção de Salmonella são demoradas e laboriosas. A Simbios Biotecnologia oferece método de detecção específica de Salmonella por PCR. A tipificação por RFLP possibilita a identificação dos sorotipos Pullorum, Gallinarum, Enteritidis e Typhimurium.





    sg9r - Detecção do sorotipo Gallinarum 9R/Gallinarum-não-vacinal de Salmonella

    O tifo em galinhas e perus é causado por S. Gallinarum, biovar Gallinarum, é mais frequentemente observado em idade adulta. A doença é muitas vezes caracterizada pela rápida disseminação, com alta morbidade, com sinais clínicos em pintos e aves jovens incluindo anorexia, diarreia, desidratação, fraqueza e mortalidade. A pulorose em idade madura é menos grave, mas diminui a produção de ovos, causa má eclodibilidade e o aumento da mortalidade pode ocorrer. A condição septicêmica afeta principalmente aves maduras e pode ser particularmente grave em lotes de poedeiras comerciais. Vacinas vivas e inativadas tem sido utilizadas para uso contra S. Gallinarum. A vacina mais usada é feita a partir da cepa 9R. A vacinação pode reduzir as perdas, mas não previne infecções com cepas de campo. O controle pode ser melhor alcançado pela biosseguridade, higiene, boa gestão, monitoramento e remoção de lotes infectados.





    sh - sorotipo Heidelberg de Salmonella

    Salmonella Heidelberg é agente microbiológico da maior importância na monitoria dos plantéis de produção da Avicultura Industrial, por vários motivos: (1) é causa reiterada de toxinfecção alimentar, provocando índices preocupantes de 30 a 40% de hospitalização, acometendo com maior gravidade pacientes idosos e crianças; (2) ocorre com padrões de multi-resistência a antibióticos usados em medicina humana, como nos surtos relacionados ao consumo de carne de peru e frango, reportados pelo CDC em 2011 e 2013, respectivamente; (3) é problema de saúde pública, com vigilância epidemiológica levada a sério, tanto na produção doméstica, quanto no comércio internacional (por exemplo, a União Europeia rejeita a importação de alimentos, rações ou qualquer material com a presença de S. Heidelberg); (4) é sorotipo prevalente, e frequentemente associado à produção avícola de alta escala e tecnificação. É sempre destacado na avicultura mundial como um dos 6 sorotipos dominantes de Salmonella, muitas vezes ocupando a 2ª ou 3ª posições e (5) evidencia esta associação à avicultura industrial por décadas seguidas, persistentemente, como ilustra a produção científica nacional e estrangeira. Investigações baseadas em Análises de Pontos de Críticos do processo, que enfoquem a detecção específica com sensibilidade e rapidez, são a chave para o controle de Salmonella Heidelberg. Estas soluções, em associação com as demais modalidades relacionadas às salmonelas aviárias, comporão o arsenal de informações críticas para o combate dos maiores problemas da produção industrial.





    sgp - sorotipo Gallinarum (não distingue os biovares Gallinarum e Pullorum) 
    se - sorotipo Enteritidis
    st - sorotipo Typhimurium
    set - para a detecção e diferenciação dos sorotipos Enteritidis e Typhimurium

    Salmonella é bactéria da família Enterobacteriaceae frequentemente encontrada no trato entérico de diferentes animais. Possui mais de 2.500 sorotipos, entre os quais Gallinarum, Enteritidis e Typhimurium. Estes sorotipos representam importantes problemas sanitários relacionados à Salmonella na Avicultura, constituindo-se focos do Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). O sorotipo Gallinarum é classificado nos biovares (ou biotipos) Gallinarum e Pullorum que, respectivamente, causam duas importantes doenças avícolas (com elevada mortalidade e perdas de produção): Tifo Aviário: afeta normalmente aves adultas causando septicemia grave. Geralmente a transmissão é horizontal (entre aves saudáveis e aves doentes / portadoras assintomáticas); Pulorose: infecta preferencialmente aves jovens (até duas a três semanas) levando à septicemia (tanto em galinhas como perus). A transmissão é vertical (transovariana). Os sorotipos Enteritidis e Typhimurium podem infectar uma grande variedade de hospedeiros (tanto aves como mamíferos), colonizando o trato entérico sem apresentar sintomatologia evidente ou levando a doença clínica severa (normalmente relacionada à imunossupressão). Estes sorotipos são agentes de contaminações alimentares humanas e apresentam grande impacto em saúde pública. São sistematicamente controlados nos plantéis em produção de avícola para que não ocorra a contaminação dos produtos para consumo humano.





    seth - Salmonella Enteritidis, Typhimurium e Heidelberg - detecção e diferenciação

    A IN20-2016 propõe o método molecular para a detecção das salmonelas de importância aviária - as paratíficas S. Enteritidis, Typhimurium e suas monofásicas, e as tíficas Gallinarum e Pullorum. Com isto, nossa legislação se alinha às normas internacionais, em reflexo à crescente preocupação e rigor com a saúde pública.

    Neste contexto, o método molecular apresenta diferenciais importantes:
    Acurácia - são provas de detecção específica, para cada sorotipo, capazes de distingui-los em suspensões e culturas que não estejam puras, inclusive quando ocorrem em concentrações relativas significativamente mais baixas;
    Abrangência ampliada - os testes moleculares detectam, indistintamente, as cepas dos sorotipos aviários e suas variantes de fase, neste caso S. Typhimurium e S. Enteritidis, sejam elas monofásicas ou afásicas.
    Agilidade - associado ao pré-enriquecimento microbiológico, o método de detecção molecular alcança informação específica e precisa do sorotipo em até 24 horas;
    Aceitação internacional - os resultados destas novas rotinas, baseadas em novos kits moleculares, são cada vez mais difundidos e tendem a se tornar o novo padrão-ouro dos testes de laboratório.
    A Simbios Biotecnologia é precursora no País no uso destas tecnologias, seja oferecendo serviços de análises, seja na completa linha de reagentes e kits NewGene.





    gse - Detecção de Salmonella Enteritidis e da Cepa da Vacina Gallivac Se 

    A modalidade gse diferencia Salmonella Enteritidis da Cepa Vacinal Gallivac Se - Boehringer Ingelheim, combinando a qPCR - PCR em Tempo Real - para a detecção do Sorotipo Enteritidis de Salmonella enterica - com a PCR/RFLP, para diferenciação de Salmonella Enteritidis Vacinal Cepa Gallivac Se. A vacinação é medida importante para controlar infecções por Salmonella na avicultura industrial (1), por reduzir a colonização dos órgãos reprodutores e do trato intestinal. O diagnóstico, vigilância e controle de Salmonella em aves requer ferramentas para discriminação rápida entre isolados vacinais e não-vacinais. A vacina viva de S. Enteritidis comercialmente oferecida pela Boehringer Ingelheim - Gallivac Se - é baseada em mutantes auxotróficos de duplo marcador (ade- / his-) derivados por mutagênese química. Devido às características de crescimento lento da cepa vacinal, a identificação microbiológica requer até três dias, gerando resultados por vezes ambíguos. Métodos baseados em Biologia Molecular oferecem controle com rastreio de alto rendimento, fornecendo resultados rápidos e precisos para decisões de controle de maior eficiência.